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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

DIA DO ESCRITOR

Um dia, na minha juventude, sonhei em ser escritora!
Escrever historias emocionantes que despertasse nos outros o interesse pela leitura. Tornei-me leitora de grandes poetas e romancistas.
Detestei estudar Literatura na escola: Estilos e Escolas literárias... (agheee)
Acho que quando se gosta de escrever, simplesmente se escreve. As palavras vao saindo com facilidade e se constroe um estilo proprio. Quem inventou ESTILOS E ESCOLAS foram os professores e nao os escritores.
O Escritor simplesmente escreve e exprime, atraves dos símbolos, seus sentimentos; aquilo que se tem na alma, no pensamento, expressando-se pelo bico de uma caneta ou pelo tipo do teclado, juntando letras e se mostrando a alma, o coracao desnudo.
Sáo poetas aqueles que cantam e encantam com as letras.
Sáo contadores de historias os romancistas e aventureiros dos signos, expressadores de idéias que, registradas, ganham o tempo e encantam geracoes futuras: isto é Imortalidade.
Náo conheci Victor Hugo, mas o conheci em Notre Dame e seu maravilhoso e lindo corcunda.
Com Julio Verne dei a volta ao mundo em 80 dias, alem de me aventurar numa viagem ao fundo do mar passando a jornada ao centro da terra com Gertrudes nos bracos. Viagem facinante e cheia de perigos.
Apaixonei-me infinitamente com Vinicius de Moraes, perdendo-me de amor com Camilo Castelo Branco embalada pelos versos saudosos de Camoes.
Sorri com Fernando Sabino ao ver o vizinho Nu, com os paes encobrindo-lhe o possivel... e fui contar tudo ao meu amigo do espelho.
Foram tantas aventuras! Foram tantos crimes descobertos, que terminei apaixonada por Sherlock Holmes! Sir Arthur C. Doyle me levou pela mao àquele quarto e sala da Backer Street, 121-A, numa Inglaterra vitoriana. Estava sendo perseguida por dois grandes pensadores...
Da praia de Iracema à ilha da Morerinha conheci um Brasil, escrito por um Mulato, auto-ditata, que me ensinou a lingua portugueses em sua maestria. Sr. Dom Casmurro!
Dei cinco minutos para uma pausa profissional.
Entao conheci o caminho de Dentro da Alma do Mundo com o mestre Paulo Coelho e com ele percorri varias vezes o mesmo caminho em busca na luz que estava aqui dentro.
Hoje, um dia frio e chuvoso, em Viena, lembro daqueles memoraveis que me faziam viajar, flutuar, engrandecendo meu coracao.
Sinto falta de todos os meus grandes amigos e professores, que me ensiram a sonhar e ser buscadora de mim.
Obrigado aos imortais! Dia 25 de julho, dia do Escritor! Todos os dias sao dias de ler.

POR QUE FANTASMAS DA SOLIDAO?

Em primeiro lugar, por que estou me sentindo terrivelmente so! Nao tenho muitas pessoas com quem conversar e pouco do idioma alemao adquiri com esse tempo que moro aqui. Entao resolvi conversar comigo mesma e criei alguns fantasminhas, imagino-me conversando com alguem, que nao seja eu, e que seja eu... enfim, eu converso com o meu coracao, com a minha alma.
E tambem nao sei se é possivel conversar com a alma na multidao. Em meio a amigos, as vezes a Alma envia respostas que estamos buscando sim. Esse metodo funcionava muito bem no Brasil, quando, com o dominio completo da lingua portuguesa, meu grande tesouro, conversava, sorria, compartilhava, aprendia, nao sei se ensinava, talvez.
Estou distante de todos os amigos e nem sempre estamos disponiveis um aos outros atraves da internet, e-mails, conversas compartilhadas... tudo tao frio, tao distante, tao virtual!
Falta aquele calor do sorriso, da palavra ouvida, em alto e perfeito tom de entendimento, falta a energia transmitida pelo olhar no olho, ouvir pelo ouvido, sentir pelo coracao...
Entao, o titulo do blog, Fantasmas da Solidao, da solidao que sinto em Viena, em qualquer epoca do ano. Conversando com pessoas em alemao, nunca sera do mesmo jeito... e depois eu explico porque.
Solidao que me ensinou a ouvir meu coracao.
Fantasma que me persegue ate pegar uma caneta, lapis, papel, ou no computador, e comecar a escrever compulsivamente as palavras que vao sendo ditadas nos ouvidos do coracao, pela alma angustiada e cheia de ideias que nao consegue transmitir...
Sempre conversei com pessoas, sempre tinha alguem por perto, sempre tinha meus queridos e grandes amigos e amigas, que eu ouvia, e era ouvida numa troca de carinho infinito como o amor.
Explicado o titulo do blog, dou meus textos de presentes aos amigos que o acessarem.

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